Wednesday, May 10, 2017


Justiça pede esclarecimentos sobre resgate de R$1,2 milhão por Adriana Ancelmo

Recursos vieram da previdência privada de um dos filhos da ex-primeira-dama, enquanto ela estava presa. MPF diz que todas as contas dela deveriam estar bloqueadas e ela pode voltar para Bangu.







Adriana Ancelmo, ex-primeira dama esposa do ex-governador Sérgio Cabral, compareceu para depoimento acompanhada de seus advogados, na Justiça Federal, no Centro do Rio, nesta quarta-feira (Foto: PAULO CARNEIRO/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO)



A advogada Adriana Ancelmo, mulher do ex-governador Sérgio Cabral, admitiu na tarde desta quarta-feira (10) no Rio que resgatou R$ 1,2 milhão de previdência privada de um dos filhos para custear as despesas da casa no período em que esteve presa no Complexo Penitenciário de Gericino, na Zona Oeste do Rio. A revelação foi feita pela ex-primeira-dama do Rio de Janeiro durante depoimento na Justiça Federal do Rio, relativo ao processo da Operação Calicute.


Segundo Adriana Ancelmo, o resgate foi feito por uma funcionária e o banco não informou que o rendimento estava bloqueado. Quando foi presa, em dezembro de 2016, Adriana Ancelmo teve as contas bancárias bloqueadas pelo juiz Marcelo Bretas da 7ª Vara Federal Criminal.


"Vamos investigar e verificar o que houve. A lei manda bloquear todos os investimentos e contas. A conta dela não poderia receber esse valor. Ela pode perder o direito [a prisão domiciliar]", afirmou o procurador da República Rodrigo Timóteo.


No fim da audiência desta quarta, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio pediu para o banco ser noticiado, para dar mais informações sobre o resgate dos recursos.


"Meu gerente disse que não estava sujeito a bloqueio as previdências do meu filho. Num primeiro momento eu precisava me manter, e preciso me manter. Essa é uma questão essencial, não tenho dinheiro em qualquer outro lugar", disse Adriana.




Principais pontos do depoimento




- Adriana Ancelmo afirmou que não recebeu


- A ex-primeira-dama disse também que não comprou R$ 1,8 milhão em joias


- A advogada admite, porém, que ganhou um anel do dono da Delta, Fernando Cavendish, na época amigo de Sérgio Cabral


- Adriana Ancelmo negou que Luis Carlos Bezerra, operador de Cabral, fosse entregar propina em seu escritório. Ela afirma que ele fazia serviços semelhantes aos de office boy e que acompanhava uma obra.

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